Alckmin busca acordo antes de tarifaço dos EUA e reforça diálogo com setor produtivo

Vice-presidente se reúne com empresários e destaca união nacional para evitar impacto de tarifas de 50% impostas por Trump sobre produtos brasileiros

Em meio à crise diplomática e comercial com os Estados Unidos, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (15/07) que o governo federal está empenhado em alcançar um acordo antes do início da nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, previsto para entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto.

Durante reuniões com representantes dos setores industrial e agropecuário, Alckmin ouviu relatos de prejuízos crescentes e recebeu apoio à estratégia de não adotar retaliações imediatas, priorizando a negociação diplomática e comercial.

“Estamos unidos para reverter essa decisão. A orientação do presidente Lula é clara: buscar o entendimento com altivez, mas com firmeza”, declarou Alckmin.

🇧🇷🇺🇸 Balança comercial em desequilíbrio

Segundo dados do próprio governo, as exportações dos EUA para o Brasil cresceram 11,48% no primeiro semestre de 2025, quase o triplo do crescimento das exportações brasileiras para os norte-americanos (4,37%). Alckmin destacou que, diante desse desequilíbrio, o impacto das novas tarifas será sentido também pelos consumidores e empresas dos EUA, que poderão pagar mais caro por produtos brasileiros como aço, calçados, papel, celulose, têxteis e carne bovina.

🤝 Setor produtivo apoia negociação

Os empresários se comprometeram a mobilizar parceiros comerciais nos EUA — importadores, distribuidores e fornecedores — para mostrar os impactos negativos da medida. Também pediram que o governo brasileiro avalie solicitar formalmente o adiamento da nova tarifa, reforçando o tempo de diálogo antes da implementação.

“É uma relação comercial importante para ambos os lados. O diálogo ainda é o melhor caminho para evitar danos maiores”, disse um representante da indústria calçadista.

🌍 Abertura de novos mercados

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também participou do encontro e destacou o avanço da diplomacia comercial brasileira com a abertura de 393 novos mercados internacionais desde o início do governo Lula. No entanto, ele reforçou que manter as exportações para os EUA é estratégico.

“A expectativa era dobrar as exportações de carne bovina neste ano. O diálogo está aberto, com respeito à soberania, mas sem submissão”, afirmou Fávaro.

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